Existe uma força que não salva, não convence, não empodera. Apenas toca. Uma delicadeza que não tem função terapêutica, valor de mercado ou plano de carreira. Ela não serve para nada e talvez por isso resista ao massacre dos algoritmos. Enquanto o mundo grita por performance, há gestos que preferem morrer sem utilidade a viver como slogan. A ternura é um deles. Um vício do corpo que ainda não aprendeu a obedecer.
1. O corpo como artefato de entrega
A experiência contemporânea do corpo está saturada por função. Postura, rendimento, autocuidado, energia, estética, desempenho sexual, energia criativa. Até o toque virou protocolo. As mãos deixaram de ser pele para se tornarem ferramenta. Corpo bom é o que entrega. E entrega rápido, limpo, alinhado.
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