A escolha de não escolher: quando o adiamento é uma defesa contra o desejo
Há sujeitos que vivem em suspensão. Tomam decisões pela metade, mantêm portas entreabertas, alimentam possibilidades conflitantes como quem coleciona futuros possíveis — mas nunca habitados. Procrastinam não por preguiça, mas por pânico. O pânico de escolher, e ao escolher, perder. De comprometer-se, e ao comprometer-se, descobrir que desejavam outra coisa. Ou pior: que não desejavam nada. A postergação, nesse caso, não é falha de caráter. É estrutura de defesa.
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